terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Psicopatas e os crimes sem soluções

Mariana Aparecida Pera* – 18/07/2016.
Vivemos no século XXI, onde todas as coisas são acessíveis e até mesmo as pessoas são de fácil acesso. Todos os dias andamos pelas ruas, conversamos e fazemos amizades com as pessoas que ali encontramos, desta forma agimos também no serviço, na faculdade e até mesmo em casa. Mas, como saber se essas pessoas realmente são amigáveis? Podemos considerar apenas aquilo que elas nos mostram?
O que podemos notar de comum entre Hannibal Lacter, o maníaco do parque, Jack o estripador, Chico picadinho e o Coringa? Eles são apenas pessoas? Acima de tudo todos são psicopatas, independente de ser na vida real ou nas telas.
Quando pensamos em psicopatia, logo vem à mente um sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Isso é um grande equívoco! Para os desavisados, reconhecê-los não é uma tarefa tão fácil quanto se imagina. Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem! (SILVA, 2014).
Um psicopata tem seu perfil dividido em três níveis diferentes.
É importante ressaltar que os psicopatas possuem níveis elevados de gravidade: leve, moderado e severo. Os primeiros se dedicam a trapacear, aplicar golpes e pequenos roubos, mas provavelmente não “sujarão as mãos de sangue” ou matarão suas vítimas. Já os últimos, botam verdadeiramente a “mão na massa” com métodos cruéis, sofisticados, e sentem um enorme prazer com seus atos brutais.  Mas não se iluda! Qualquer que seja o grau de gravidade, todos, invariavelmente, deixam marcas de destruição por onde passam, sem piedade.
Além de psicopatas, eles também recebem a denominação de sociopatas, personalidades anti-sociais, personalidades psicopáticas, personalidades dissociais, personalidades amorais, entre outras. (SILVA, 2014).
Em geral, o psicopata pode seguir dois caminhos na Justiça brasileira. O juiz pode declará-lo imputável (tem plena consciência de seus atos e é punível como criminoso comum) ou semi-imputável (não consegue controlar seus atos, embora tenha consciência deles). Nesse segundo caso, o juiz pode reduzir de um a dois terços sua pena ou enviá-lo para um hospital de custódia, se considerar que tem tratamento. (SZKLARZ, 2009).
Enfim, vale ressaltar que os psicopatas ou sociopatas são pessoas com alto nível de inteligência, eles enganam muito bem e geralmente planejam tudo nos mínimos detalhes, não deixando se quer rastros por onde passam. É muito difícil estes serem pegos, pois mesmo que sejam assassinos em série, demorarão muito para apresentar falha ou em casos raros, se entregarem.
Mas sempre é bom ter cuidado, pois em alguns casos essas pessoas são muito amigáveis, mas em outros são totalmente antissociais. Em todo caso, sempre é bom tomar cuidado com o que conversamos com qualquer pessoa, seja em redes sociais, aplicativos ou pessoalmente. Afinal, raramente descobrimos quem são os lobos em pele de cordeiro no meio da sociedade.

Mariana Aparecida Pera* - Estudante de Direito do Centro Universitário do Norte Paulista – Unorp – São José do Rio Preto.

Fontes: SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas: O psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro: Fontanar, 2014.
SZKLARZ, Eduardo. O psicopata na justiça brasileira. Disponível em: <http://super.abril.com.br/comportamento/o-psicopata-na-justica-brasileira>. Acesso em: 18 Jul. 2016.




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