Mariana Aparecida Pera* – 18/07/2016.
Vivemos no
século XXI, onde todas as coisas são acessíveis e até mesmo as pessoas são de
fácil acesso. Todos os dias andamos pelas ruas, conversamos e fazemos amizades
com as pessoas que ali encontramos, desta forma agimos também no serviço, na
faculdade e até mesmo em casa. Mas, como saber se essas pessoas realmente são
amigáveis? Podemos considerar apenas aquilo que elas nos mostram?
O que podemos
notar de comum entre Hannibal Lacter, o maníaco do parque, Jack o estripador,
Chico picadinho e o Coringa? Eles são apenas pessoas? Acima de tudo todos são
psicopatas, independente de ser na vida real ou nas telas.
Quando pensamos em psicopatia, logo vem à mente um
sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de
assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem
pestanejar. Isso é um grande equívoco! Para os desavisados, reconhecê-los não é
uma tarefa tão fácil quanto se imagina. Os psicopatas enganam e representam
muitíssimo bem! (SILVA, 2014).
Um
psicopata tem seu perfil dividido em três níveis diferentes.
É importante
ressaltar que os psicopatas possuem níveis elevados de gravidade: leve,
moderado e severo. Os primeiros se dedicam a trapacear, aplicar golpes e
pequenos roubos, mas provavelmente não “sujarão as mãos de sangue” ou matarão
suas vítimas. Já os últimos, botam verdadeiramente a “mão na massa” com métodos
cruéis, sofisticados, e sentem um enorme prazer com seus atos brutais. Mas não se iluda! Qualquer que seja o grau de
gravidade, todos, invariavelmente, deixam marcas de destruição por onde passam,
sem piedade.
Além de psicopatas,
eles também recebem a denominação de sociopatas, personalidades anti-sociais,
personalidades psicopáticas, personalidades dissociais, personalidades amorais,
entre outras. (SILVA, 2014).
Em
geral, o psicopata pode seguir dois caminhos na Justiça brasileira. O juiz pode
declará-lo imputável (tem plena consciência de seus atos e é punível como
criminoso comum) ou semi-imputável (não consegue controlar seus atos, embora
tenha consciência deles). Nesse segundo caso, o juiz pode reduzir de um a dois
terços sua pena ou enviá-lo para um hospital de custódia, se considerar que tem
tratamento. (SZKLARZ, 2009).
Enfim, vale ressaltar que os psicopatas ou
sociopatas são pessoas com alto nível de inteligência, eles enganam muito bem e
geralmente planejam tudo nos mínimos detalhes, não deixando se quer rastros por
onde passam. É muito difícil estes serem pegos, pois mesmo que sejam assassinos
em série, demorarão muito para apresentar falha ou em casos raros, se
entregarem.
Mas sempre é bom ter cuidado, pois em alguns
casos essas pessoas são muito amigáveis, mas em outros são totalmente
antissociais. Em todo caso, sempre é bom tomar cuidado com o que conversamos
com qualquer pessoa, seja em redes sociais, aplicativos ou pessoalmente. Afinal,
raramente descobrimos quem são os lobos em pele de cordeiro no meio da
sociedade.
Mariana
Aparecida Pera* - Estudante de Direito do Centro Universitário do Norte
Paulista – Unorp – São José do Rio Preto.
Fontes:
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas:
O psicopata mora ao lado. Rio de
Janeiro: Fontanar, 2014.
SZKLARZ, Eduardo. O psicopata na justiça brasileira. Disponível em: <http://super.abril.com.br/comportamento/o-psicopata-na-justica-brasileira>.
Acesso em: 18 Jul. 2016.